segunda-feira, 7 de novembro de 2011

9 meses!

Os 8 meses da minha filha foram significativos. Foi quando ela começou a jantar, a engatinhar e foi quando nasceu seu primeiro dentinho! Uma alegria atrás da outra, uma conquista atrás da outra. Hoje ela está com 9 meses e estamos vivendo uma nova fase. Já nasceu o segundo dentinho e engatinhar é coisa do passado, agora ela só quer saber de andar... sobe em tudo que é canto, mas ainda não deu os primeiros passinhos. Estamos vivendo agora a fase de separação, de mim com ela e dela comigo. Eu estou pensando em recuperar meu corpo (ou pelo menos tentar, né?), procurar um trabalho em condições que se adaptem ao meu novo e permanente estado, o de ser mãe, além de retomar os contatos e a vida social. E ela, está aprendendo que somos duas pessoas diferentes, está percebendo que pode se afastar de mim, coisa que a deixa com medo. Enfim, a separação é para os dois lados... Até os nove meses eu anotei tudo o que ela comeu, por exemplo, coisas de primeiro filho... Mas prometi a mim mesma que seria só até o nono mês, porque temos, ambas, que aprender que vai chegar uma hora que cada uma vai ter que seguir seu caminho. Com nove meses de gestação é normalmente quando os bebês nascem e com nove meses de vida, descobrem o mundo. E como já dizia o poeta, nós criamos os filhos para o mundo e não para nós. Mas assim como a certeza de que dois mais dois são quatro, eu sei, minha filha, que para sempre vou te amar e que vou estar do seu lado em todas as horas, mesmo que de longe, em forma de uma borboleta.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bicho homem

Ando sem tempo de parar por aqui, eu confesso. Com o crescimento e desenvolvimento da minha filha fica difícil de achar um tempo para mim... Nesse começo a maternidade é pura doação, doação das nossas vidas, da nossa atenção, do nosso tempo e do nosso coração. Com o tempo essa doação vira uma troca, troca de carinho, troca de palavras... deixa de ser apenas a mãe se dando por completo e passa a ser um aprendizado mútuo.
O homem é o único ser vivo que nasce completamente indefeso. Todo filhote é frágil, mas só os seres humanos são tão dependentes. Todos os filhotes saem da barriga de suas mães nadando, voando, andando, ou pelo menos tentando, enquanto o homem é um serzinho que fica parado, quase imóvel, não sabe se alimentar, nem beber água, tão pouco andar ou coisa parecida. Precisamos alimentar, agasalhar, ajeitar e dar muito amor aos nossos "filhotes" senão eles morrem. Toda mãe ou cuidadora precisa cuidar de seu filho ou filhote, isso é fato, mas nós, humanos, levamos um tempo muito maior para aprender o que os animais nascem sabendo...
Diferente dos animais que usam seu instinto, nós temos que descobrir, literalmente, no começo, o que o bebê deseja e necessita. Nesse processo vão-se meses até a mãe conhecer e conseguir decifrar seu filho. Isso porque ao longo dos anos, ao crescer, deixamos de ouvir nosso instinto, nos deixamos levar pelo mundo exterior e esquecemos de escutar a voz de dentro, aquela que sente e sabe tudo o que precisa.
E é por isso que os bebês são tão maravilhosos, porque depois de alguns meses, quando eles já sabem se expressar, um pouquinho que seja, se tornam seres multi sensoriais, onde os sentidos são muito mais que cinco e o mundo é com certeza, bem melhor, porque o que complica a vida somos nós, com nossas neuras e incertezas. Na verdade é tudo bem mais simples e a felicidade está mais próxima do que pensamos ;)

sábado, 6 de agosto de 2011

Teoria da relatividade

Minha filha completou 6 meses! Que orgulho! Considero que os 6 meses, assim como os 3, são uma data marcante no ínicio da vida de nossos bebês. É quando introduzimos os alimentos, quando eles deixam de mamar apenas. No meu caso, minha filha já não mamava mais no peito (ela mamou até quase 4 no peito e até 5 meses mamou o meu leite, tirado pela maravilhosa maquininha, na mamadeira), mas mesmo assim é marcante.
Fico pensando em como o tempo é realmente relativo. Até agora eu achava que os anos têm passado cada vez mais rápido e na verdade, ainda acho, mas se tratando da idade da minha filha, do seu tempo de vida, de todas as experiências que passamos nesse começo, o tempo parece que não passa, esses seis meses foram tão cheios de novidades e aprendizados que poderiam ser vividos em anos... Fazendo uma mini retrospectiva, lembro de quando ela era bem pequenininha e só chorava, e eu ainda sem saber direito o que fazer, chorava junto... Lembro da dificuldade que tive para amamentar, mas me orgulho da minha própria persistência, pois tenho a certeza absoluta de que extrapolei todos os meus limites da dor em favor do  aleitamento materno, que é tão importante, não só pelos anticorpos e vitaminas, mas também pelo contato mãe e filha. Hoje consigo olhar para trás e ver que eu ficava mesmo sem energia vital por estar com os seios muito machucados, não podia encostar neles, consequentemente nem no meu marido, nem na minha filha, vivia de concha... agradeço e ele mais uma vez pela compreensão. Percebi que os seios não são só uma parte erógena da mulher e uma fonte de alimentação, são também a primeira parte do corpo que encostamos em qualquer coisa ou pessoa, é muito difícil não poder encostar o peito em nada, nem na toalha ao tomar banho, é um verdadeiro malabarismo e uma dor imensurável. Mas fiz e faria tudo de novo pela minha princesa, sem nenhuma hesitação. E afinal, as coisas realmente passam e a gente realmente esquece, não totalmente, mas parcialmente... Deixamos as dificuldades guardadas na gaveta do nosso imenso arquivo cerebral e trazemos conosco somente as maravilhosas lembranças de felicidade plena que são reavivadas  a cada sorriso e conquista de nossos filhos. E acredito que deva ser assim a vida toda, pois o tempo não para, mas prestando atenção nas pequenas coisas, podemos, ás vezes, fazer ele correr mais devagar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

As primeiras vacinas a gente nunca esquece...

Finalmente demos as primeiras vacinas na Alice. Muito se discute sobre onde vacinar, optamos pelo posto de saúde, onde a vacina é de graça e pela facilidade de ter um posto do lado de casa. Acho que doeu mais em mim do que nela... Ela acordou especialmente feliz, fomos pro posto e ela tomou logo 4 de uma vez, tadinha... Polio, Tríplice, Hepatite e BCG, a Polio é em gotas, a BCG no braço (a da marquinha) e as outras duas na coxinha, uma em cada. O duro é ter que segurar a sua filha para tomar uma injeção e vê-la chorando de dor, dá um aperto tão grande no coração... Mas como disse meu marido, temos que ser fortes! E isso é só uma preparação para o que vem pela frente. Afinal, toda criança que brinca, se machuca ;)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

É como andar de bicicleta

Hoje minha princesa completa 5 meses! Uau, parece que foi ontem que ela nasceu... O tempo realmente passa muito rápido e sim, eles (os filhos) crescem mais rápido ainda...
Nessas últimas semanas andei muito pensativa e tive a alegria de virar tia, meu sobrinho é lindo! E vê-lo tão recém nascido, tão frágil e tão pequeno me fez perceber nitidamente como perdemos a referência. Eu não achava que a minha filha era daquele tamanho, quando na verdade, ela nasceu ainda menor. Em apenas 5 meses minha filha cresceu o suficiente para parecer um gigante perto do primo e eu passei por tantas coisas, aprendi, ensinei, chorei, sorri, me senti terrivelmente cansada e imensamente feliz, foram tantas emoções que eu perdi a referência de peso, de tamanho, de trabalho... é como se agora que as coisas estão se encaixando melhor eu tivesse guardado apenas lembranças remotas e ao mesmo tempo ultra atuais e presentes. Enquanto eu passava pelos longos e difíceis 3 meses me perguntava como é que as pessoas podiam esquecer todo esse duro processo de aprendizado, ficava "de cara" em como ninguém tinha me dito que a maternidade não é fácil, que o bebê não para de chorar mesmo, que você fica tão cansada a ponto de achar que nunca mais vai se recuperar, e até que você perdeu sua vida social totalmente. E cheguei a conclusão que se essas experiências fossem mais divulgadas do que o são, talvez afastassem a vontade de algumas pessoas e que na verdade não é de caso pensado, é sem querer, a gente esquece mesmo e a maternidade vira uma coisa tão normal quanto andar de bicicleta, a gente não esquece nunca mais e nem se lembra de quando a gente não sabia ;)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Escolhas

Esses dias estou tendo que lidar com a primeira escolha de minha filha, de muitas que virão. A escolha de não querer mais meu peito. Escolha essa que foi feita lenta e naturalmente, devido aos problemas que tivemos. É dificil pensar que essa coisinha faz escolhas... e até o fim da vida vamos ter que lidar com elas. Escolhas certas e erradas, como saber senão escolhendo??
Minha pequena completou 4 meses e está cada dia mais fofa e "independente", se desenvolvendo e descobrindo o mundo. No caminho já descobriu as mãos e está a caminho dos pés. É realmente maravilhoso poder acompanhar essa evolução. E por isso eu agradeço ao meu marido, que pode me proporcionar uma estadia ao lado dela, observando cada avanço, cada sorriso e cada lágrima e ajudando-a a fazer as melhores escolhas, enquanto eu puder, porque a vida é feita de escolhas e isso é só o começo!





quarta-feira, 4 de maio de 2011

A melhor mãe do mundo

Quando ficamos grávidas pela primeira vez damos início a uma espécie de viagem, viagem essa que durante a gravidez fica só no imaginário... Imaginamos como o bebê vai ser, imaginamos que espécie de mãe seremos, imaginamos nossa relação com nossos filhos, imaginamos como será o rostinho dele, imaginamos qual vai ser seu temperamento, imaginamos, imaginamos, imaginamos... Depois que o bebê nasce percebemos que o mundo real é bem diferente do mundo que imaginávamos, em todos os sentidos. Na maioria das vezes nos deparamos com coisas que não existiam no nosso mundo imaginário, com questões que nunca passaram pela nossa cabeça e principalmente com uma realidade que pode ser difícil de aceitar. Existem mães que passam por tudo sem questionar e há aquelas que questionam tudo. Existem aquelas que sentem demais e aquelas que sentem de menos, e nos piores casos até aquelas que rejeitam seus filhos. Existem aquelas que amamentam com facilidade e aquelas cujo processo de amamentação não é tão simples. Estamos sempre em busca da perfeição, apesar de sabermos que o perfeito não existe. Mas em todos os casos, ou quase todos, temos que concordar que o amor de mãe é sem tamanho, é o amor maior do mundo e que só cresce a cada dia que passa. É algo inexplicável até você ter o seu, só assim você entende o que sempre ouviu falar e que achava que entendia. A gente acha que sabe o que é ser mãe até o ser e descobrir que tudo o que você desconfiava que sabia não é nem um quinto do que é na verdade, que todos os sentimentos em relação a um filho são os mais genuínos possíveis e que a vida se encarrega de ensinar o que não aprendemos na escola. E é por isso que eu digo para a minha filha desde hoje, eu provavelmente não serei a melhor mãe do mundo, mas certamente serei a melhor que eu puder!

terça-feira, 26 de abril de 2011

No more pain

Amamentar é diferente de ser mãe

Depois de tanta luta, a mamadeira venceu, minha filha não quer mais meu peito. Mas ontem na consulta, o pediatra da Alice me fez enxergar as coisas de outro ângulo... o fato de ela não estar mais querendo meu peito não é pela quantidade de leite, que é bem pouca depois de tanto tempo sem sucção, ela não está negando meu esforço como eu estava pensando, muito pelo contrário, é mais uma questão de astral mesmo. Amamentar não estava sendo uma tarefa fácil, depois de muita dor, muitos machucados, foi como se ela me dissesse "mãe, tá tudo bem, eu já mamei 3 meses do seu leite, foi um esforço mútuo, eu agradeço, mas agora a mamadeira me basta". Hoje eu consigo me ver sorrindo no reflexo dos olhos dela, antes eu sorria só por fora, como se ela não soubesse o que se passa aqui dentro... A mamadeira não é o ideal, mas no meu caso foi a forma que encontramos de tornar o aleitamento um momento de prazer e troca entre nós duas. Ela já não olhava nos meus olhos quando mamava no peito, agora posso sentir seu amor através do olhar novamente e me sinto muito, mas muito feliz! E como disse meu pediatra, eu não sou menos mãe porque não dou meu peito, eu tentei, e tentei muito, mas infelizmente não foi possível. Continuo dando meu leite, mas na mamadeira e assim podemos manter nossa relação de amor, sem dor!

sábado, 16 de abril de 2011

Nem tudo é do jeito que a gente gostaria...

Eu sempre achei um absurdo mães que não amamentam, nunca entendi a razão... Há aquelas que realmente não querem, mas acredito que a maioria das mulheres deixam de amamentar por questões físicas mesmo, que vão desde a falta de leite até casos como o meu... Durante 2 meses eu amamentei minha filha sentindo muita dor, mas muita mesmo! Primeiro houveram as fissuras causadas pela sucção, até aí tudo normal, todas passam por isso, depois adquiri um fungo, que muitas mães têm também, devido a abertura causada pelas fissuras... a união das duas coisas tornou a amamentação um processo muito dolorido, ao invés de prazeiroso como deveria ser. Mesmo assim continuei amamentando, tamanha a minha vontade de sentir esse prazer e mesmo com uma das maiores dores que já senti ( e olha que além do parto eu tenho diversas tatuagens, portanto tenho certa tolerância a dor), poder ver o rostinho dela no meu seio, o olhar fixo nos meus olhos e saber que eu sozinha podia alimentar minha filha e dar tudo o que ela precisa, fez a dor ficar em segundo plano e o sentimento de amor pleno ressaltar. Medicada pelo meu pediatra, fiz um intervalo de 10 dias sem amamentar, tomando medicamentos fortes para tratar do meu problema e descansar o seio, tirando leite com uma máquina e dando na mamadeira. Meu seio cicatrizou, o problema do fungo passou e junto com isso percebi o quanto suportar a dor estava me deixando abalada... eu estava vivendo a base de anti inflamatórios e é claro que minha filha estava sentindo tudo, acredito até que o meu leite devia estar com outro gosto... gosto de amor, com dor.
No começo dessa semana eu estava muito esperançosa, acreditei que o problema era mesmo o fungo e como ele tinha sarado tudo seria diferente, dei o meu peito á ela com muita emoção e lágrimas nos olhos, ela mamou por 30 min, o suficiente para machucar novamente, com direito a bolha e tudo... Com isso cheguei a conclusão que talvez eu não consiga amamentar mesmo... a dor é muito grande, o processo de cicatrização demora e não sei até que ponto isso é saudável, pois já estou assim há algum tempo.
Por outro lado sei que ela está bem, estou usando uma mamadeira parecida com o peito (breastflow) e ela tem se desenvolvido direitinho. Estou passando por um duro processo, que talvez seja mais difícil para mim do que para ela, pois ainda não houve uma noite em que eu não tenha chorado baixinho enquanto dou a mamadeira e ela mama tranquila e depois dorme mais tranquila ainda.
E assim eu sigo meu aprendizado diário da maternidade, com lições lindas e outras muito duras, mas não menos importantes. Com questões que tocam em lugares nunca tocados antes, com decisões difíceis, mas também com a certeza de que é tudo por um bem maior e que cada simples coisa que acontece vai significar muito lá na frente e lembrando de valorizar tudo, sempre!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Tratamento de choque

Dei um breque nos posts para cuidar, mais uma vez, do meu peito, e por consequência da Alice. Estamos apostando tudo nessa semana, afinal 2 meses de dor em um momento tão mágico não é fácil. Já tentei todas as mandingas, simpatias, rezas e afins. Preciso me cuidar para cuidar da minha pequena, que é bem gulosa, diga-se de passagem... Lets pray! Fingers crossed!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Encontro de amamentação




Oh happy day!

Hoje estou renovada! Alice me deu o maior dos presentes: uma noite inteirinha de sono! Nem acreditei quando acordei ás 6h da manhã e ela não tinha chorado nenhuma vez, obrigada filha.
Depois da minha incrível noite de sono, fomos passear de carrinho e explorar nosso novo bairro (sim, nós mudamos). Estou muito feliz aqui, um bairro mais calmo, com pessoas sentadas nas calçadas, crianças brincando na rua, definitivamente um lugar melhor dentro dessa cidade maluca.
Ontem fui no encontro de amamentação de novo, como é bom... conversar com as mamães e poder dividir nossas experiências, falar e ouvir, dar opiniões e escutar conselhos, além de ver vários bebês fofos e acompanhar o crescimento deles. Realmente priceless!
Recebemos visitas da tia Xuca e tio Ri, que veio ver a Alice pela primeira vez ;)
E finalmente estou conseguindo dar o peito direito, a produção do leite praticamente já voltou ao normal, mas como ela mama com muita vontade tá começando a machucar de novo... agora é rezar para não ficar como da outra vez e cicatrizar logo!
Enfim, cheia de notícias boas, feliz da vida com a minha pequena e com as coisas entrando cada vez mais nos eixos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Meu pediatra é o máximo!!!!

Eu ainda vou escrever sobre meu parto, que foi a experiência mais forte de toda a minha vida até agora... Mas antes quero só falar um pouco sobre o meu pediatra, sim porque além de médico da minha filha, ele é um pouco meu tb... Me apaixonei por ele na sala de parto, quando a gente se conheceu. A pediatra que estava prevista para acompanhar meu parto se acidentou e não pôde comparecer, minha equipe entrou em contato com o Cacá e foi assim que nos conhecemos. Ele nos visitou várias vezes na maternidade e sempre senti uma energia muito boa vinda dele. Atencioso, fofo, prático, sincero, ótimo profissional e querido, muito querido, é impossível não gostar dele. Nos ensinou várias técnicas novas, com percepções atualizadas sobre como cuidar do nosso bebê, quase tudo o que ouvíamos falar virou mito e são incontáveis as descobertas que ele nos proporcionou. Nessas dificuldades que ando tendo com a amamentação, me sinto melhor só de falar com ele. O consultório dele então não poderia ser mais gostoso... um espaço cheio de atividades, fotos com crianças e brinquedos por todos os cantos. Não é permitido entrar de sapatos. Muitas vezes o vi brincar no chão, nos tapetes, com seus mini clientes. E todos parecem sentir a mesma coisa que eu. Minha filha pode estar nos seus dias mais difíceis, chorando, que quando vai para seus braços se derrete, fica até de boca aberta, é impressionante! Ele nos explica as coisas com outros olhos, tem paciência e me deixa a vontade até para chorar minhas angústias. E tem uma parceira que é igualmente atenciosa e fofa, a Andrea.
Não foi a toa que eles cruzaram nosso caminho e a gente aqui só tem a agradecer.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu não nasci para ser sozinha...

Existem pessoas que não se importam em ficar sozinhas, ficar não, estar... muito pelo contrário, até gostam. Eu valorizo muito meus momentos de solidão, acho que todo mundo precisa deles, mas definitivamente eu não gosto de me sentir só. Para mim é muito importante saber que tenho com quem me preocupar, assim como tem alguém se preocupando comigo. Assim como é igualmente importante ter com quem dividir a vida... as alegrias, as tristezas, os problemas, as risadas e até as contas. Hoje, casada e com uma filha recém nascida, percebo claramente a diferença entre estar sozinha e ser sozinha. Fico muito cansada quando meu marido não está e tenho que cuidar da minha filha sozinha, não sobra tempo para nada além dela, eu me cedo totalmente e esqueço de mim. O que acaba me deixando uma mistura de irritada e cansada, porque ninguém se esquece de si mesmo, né? E pelo menos as necessidades básicas a gente tem que fazer... Mas no fim do dia ele chega, me abraça, ficamos juntos e eu me fortaleço, além de vez ou outra poder contar com a ajuda de parentes e amigos, que quebram um galhão tb.
E é por isso que eu sou sortuda, porque SER sozinha deve ser algo bem pior.

Bisa


Diminuí a frequência das atualizações porque estou vivendo no mundo da cólica e nos intervalos preciso cuidar de mim... meu peito ainda não sarou e isso me deixa um tanto desmotivada, tenho que confessar...
Mas eu não posso deixar de agradecer a minha avó Yara, que voltou ontem para Uberaba e já tá fazendo  falta... Obrigada pela ajuda, compreensão, por ouvir meus desabafos, por me dar suporte, por cuidar tão bem da Alice, pelas noites em claro, pelo colo fofinho, pelas músicas para ninar, pelas trocas de fralda, pelos banhos, enfim, pelo amor infinito que transmite pra gente. Sou muito grata a você vovó, só palavras não são suficientes para expressar o quanto... Bendita hora que você teve a idéia de vir para SP! Sua presença é sempre uma alegria! Nós te amamos! E já estamos com saudades...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Santo remédio

Hoje me sinto uma nova mulher, totalmente renovada... Nossa noite foi ótima, acordamos uma única vez, o sono foi profundo e tranquilo. E hoje o dia está calmo, ufa! É impressionante como a dor no meu peito estava refletindo em tudo ao meu redor e consequentemente e diretamente na minha filha. Meu nervosismo, aflição e principalmente a dor física e na alma por não estar conseguindo amamentar estavam claramente atrapalhando nossa convivência, transformando-se em um choro incessante, falta de sono e profundo incômodo no bebê. E tudo isso graças a um peito machucado, causado pelo cansaço, por dentro e por fora... E como eu não estava bem, minha filha não estava bem, meu casamento não estava bem, meu corpo não estava bem, minha mente então nem se fala... E eu achando que meu peito tinha que sarar sozinho, que eu não era uma boa mãe e toda aquela corrente de pensamentos horríveis que as mães de primeira viagem insistem em ter.
Minha irmã está grávida e eu vivo falando para ela contar toda e qualquer novidade para a sua médica, pois ás vezes a gente acha que não é nada, que não é importante e acaba sendo algo que poderíamos ter evitado. "Faça o que eu falo, não faça o que eu faço", já diz o ditado... logo EU deixei de ver meu peito porque achei que ía passar, que iria sarar. E acabei perdida no furacão, tamanha proporção que as coisas tomaram... E nessa hora você não raciocina, não vê luz no fim do túnel, não entende porque tudo está daquele jeito e só o que consegue enxergar é o desespero, as lágrimas que escorrem, suas e do bebê.
Mas graças a Deus, ou melhor, a minha avó que insistiu para eu ligar para meu médico e cuidar de mim, eu recuperei minha sanidade e fui atrás de me medicar, porque no meu caso não se tratava apenas de uma fissura causada pela sucção do bebê, era algo que provavelmente não sararia sozinho e com a ajuda de uma pomada e um remédio eu pude voltar a sentir as delícias da maternidade. Continuo amamentando só com o peito esquerdo, até o direito sarar, mas só de não estar mais doendo e saber que logo logo vai tudo voltar ao normal, me sinto muito, mas muito bem.
Porque será que na maternidade, pelo menos comigo, a gente acha que vai dar conta de tudo? Acha que tem que aprender as coisas sozinha e não se dá conta de que devemos respeitar nossos limites e que eu não estou sendo uma mãe pior por não ter todas as respostas. Por isso que é importante estar sempre na companhia de alguém, para quando a nossa visão ficar turva ou até escurecer, poder contar com uma lanterninha emprestada ;)

terça-feira, 1 de março de 2011

1 mês de Alice

Sobrevivendo no caos

Hoje foi uma daquelas noites difíceis... Alice não parou de chorar e eu não preguei os olhos, claro...
Tinha planejado um dia cheio de tarefas, mas tive que priorizar as visitas ao médico, porque afinal tenho que cuidar de mim para poder cuidar da minha princesa. Durante a manhã me peguei chorando feito criança... Tenho leite e não consigo alimentar minha filha porque meu peito está seriamente machucado. Comprei a tal maquininha de tirar leite, mas ao encostar no bico, na primeira puxada chorei de dor, insuportável! Tentei meu pediatra, mas não consegui falar, juntando com o cansaço da noite sem dormir foi me dando um desespero, parece que nos tornamos incapazes e todos os obstáculos só crescem na nossa frente. Aí junta a aflição de uma mãe e o desespero de uma filha, que mesmo sem falar, sente absolutamente tudo. Os recém nascidos são completamente sensitivos e capazes de colocar á tona coisas que estão aparentemente escondidas atrás da figura materna.
Eu sei que todo o meu nervosismo, minhas angústias, medos e lágrimas passam diretamente e se refletem através da minha filha... mas como não sentir isso? Ou melhor, será que eu não devo sentir isso? Como transmitir calma se não é como eu mesma me sinto? Como canalizar e filtrar as dificuldades e transformá-las em coisas boas? Ainda estou em busca de respostas...
Sei que depois de ir ao médico e ser diagnosticada e devidamente remediada, me sinto mais tranquila. A dor e a aflição de não poder amamentar só intensificam os sentimentos que ficam abaixo da superfície. Mas nada como um dia após o outro, o suporte da família e o amor nos olhinhos dela. Isso realmente compensa tudo.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Chupeta - vilã ou amiga?

Eu resisti muito para dar a chupeta e olha que minha filha ainda não tem um mês. Na primeira vez que tentei cheguei a chorar porque achei que não estava fazendo a coisa certa, além da chupeta ser quase maior que ela... Mas depois de passados alguns dias, amadureci a idéia e notei que, para mim, a chupeta foi uma aliada. Ás vezes depois de mamar minha filha continuava chorando e eu tinha a certeza que não era de fome, resolvi dar a chupeta e depois de muito esforço, porque os bebês não pegam a chupeta de primeira (e ás vezes nem de segunda) ela começou a chupar, ficou super calma e logo caiu num sono tranquilo. A decisão de dar ou não a chupeta deve ser da mãe, porque chupeta é algo que qualquer um pode dar e a mãe deve estar bem em relação a isso. No meu caso além de ser um tranquilizador, a chupeta foi uma forma de ela dar um respiro para o meu peito, que está bem machucado devido ás fortes sugadas que ela dá ao mamar.
Aliás, esse é outro ponto importante da amamentação: o bico do peito. Existem vários tipos e formatos de seios e consequentemente bicos. Há mulheres que não encontram problemas em amamentar, não sentem dor e nem machucam. No meu caso o bico ficou bem machucado. Como não sofro de falta de leite, muito pelo contrário, costumo amamentar de 2 em 2 horas em média, mas meu peito sofre um pouco... Primeiro foi o esquerdo que machucou, mas com a ajuda da pomada Lansinoh e MUITO SOL, melhorou e hoje está praticamente bom. Já o direito, continua machucado. Entre as mamadas melhora muito, mas basta uma para voltar exatamente ao que era, ou seja, carne viva. A dor não é suficiente para eu deixar de amamentar, mas confesso que nas primeiras sugadas tenho que me controlar para não derrubar lágrimas, depois melhora... Fora que tenho que andar com uma concha nos seios porque além de derramar leite toda hora, não consigo encostar nada, nem sutiã, nem camiseta nos meus seios. O que acaba atrapalhando meu contato com a minha filha também... Mas estou tentando resolver essa questão logo para poder amamentar e abraçar muito ela (sem concha).

Fica a dica

Estou lendo um livro muito, mas muito bom e que todas as mães deveriam ler: A maternidade e o encontro com a própria sombra - Laura Gutman. Esse livro me foi indicado pela queridíssima Ana Cris quando eu disse a ela que a maternidade não estava sendo tão fácil quanto eu imaginava. Inclusive tem uma passagem muito interessante exatamente sobre isso onde diz que nós, mulheres, não somos devidamente preparadas para a maternidade como deveríamos, pois fala-se muito da maravilha que é ser mãe, mas em momento algum comenta-se sobre quão difícil pode ser esse processo também. Ser mãe é realmente uma dádiva, é algo indescritível e maravilhoso, mas é em mesma intensidade um processo de mudança e aprendizado não tão fácil e cor de rosa. E isso ninguém conta. Eu sempre achei que tiraria de letra a maternidade, claro que teria surpresas, mas não achei que seria tão diferente do que eu tinha imaginado. Para mim, foi e está sendo uma vitória a cada dia. Como escolhi sair da maternidade e ir para a minha casa, só com meu marido e filha, sem a ajuda da minha mãe ou outra pessoa, acho que senti tudo muito mais intenso. Nos primeiros dias me peguei chorando tão desesperadamente quanto minha filha, sem saber o que fazer e achando que eu não sabia ser mãe. Eu sabia que um recém nascido chorava, só não imaginava o quanto. Mas com a ajuda desse livro fui desmistificando algumas coisas e entendendo outras. Aprendi que uma mulher puérpera (que acabou de ter filho) não deve ficar sozinha com seu bebê, pois precisa de alguém para ajudá-la nas outras tarefas, além de que com tantas mudanças internas e externas é sempre bom ter com quem conversar. Não se deve ouvir tudo o que os outros falam, mas é muito importante trocar experiências com quem já as viveu e descobrir que muitas histórias são parecidas ou até mais difíceis que a sua. Me aproximei mais da minha mãe com isso e aprendi coisas aparentemente bobas com a minha avó, mas que fizeram toda a diferença. Percebi que estar com a família é a melhor coisa do mundo e que um outro colo é mais do que necessário para o bebê. Entendi o que significa seguir meus instintos, e que para isso eu não preciso estar sozinha. Não que eu já tenha aprendido tudo (a gente nunca sabe de tudo), mas fiquei muito feliz em saber que ser mãe não é algo que se aprende, você simplesmente é!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Encontro de amamentação

Ontem fui no encontro de amamentação no Espaço Nascente (R. Grajaú, 599) pela primeira vez. Trata-se de um encontro de novas mamães com seus filhotes tendo como assunto principal a amamentação. Adorei ter participado desse encontro, pois além de tirar dúvidas, dividimos as nossas aflições, nossos anseios, nossas experiências, nossas conquistas e descobertas. Foi importante para mim porque percebi que todas nós passamos pelas mesmas coisas e que os bebês, apesar de serem individualmente diferentes, têm um processo de evolução bem parecido, no fundo eles são "iguais". Na nossa troca de experiências nos damos conta de que para cada caso existe uma solução encontrada, não que funcione sempre, pois cada bebê é um bebê, cada mãe é uma mãe e cada caso é um caso. Nesse encontro eu me senti mais "normal", porque sozinha em casa você acaba pensando que certas coisas só acontecem com você, que seu filho chora demais, mama demais, ou de menos, não sabe se está dando muito ou pouco leite, se sente cansada... enfim lá eu pude descobrir que a maternidade é tudo isso e essas dúvidas e questionamentos fazem parte do processo, mas essa descoberta é muito mais gostosa se vemos mães em situação igual ou parecidas com as nossas. Porque não existe certo ou errado, verdadeiro ou falso, regra ou rotina, cada dia é um novo dia e com ele novas percepções virão. O importante é seguir nossos instintos, daqueles bem animais mesmo, parar de racionalizar e atender ao seu bebê do jeito que você consegue e confia, respeitando seus limites e os dele também e parar de dar ouvidos ao que os outros falam, porque a intenção sempre é boa, é ajudar, mas somente nós, as mães, é que podemos sentir e saber exatamente (isso vem com o tempo) o que pode fazer nossos filhos mais felizes. E assim nos conectamos com eles e estreitamos ainda mais o laço de amor natural de cada dia. E viva as breastfeeding mothers!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para começar...

Venho há muito tempo pensando em criar um blog, mas hoje em dia um blog tem que ser no mínimo muito interessante e atualizado. E como me tornei mãe há menos de um mês, pensei porque não criar um blog sobre maternidade? Não que seja uma novidade, mas como eu já escrevo em um caderno e venho descobrindo tantas coisas, porque não dividir com as novas mamães ou simplesmente com pessoas interessadas? Escrever, para mim, sempre foi uma forma de estar em contato comigo mesma. Essa transição para o mundo materno me proporcionou e ainda vai proporcionar tantas dúvidas, medos, descobertas, alegrias... e porque não dividir com vocês? Espero poder ajudar alguém com as minhas descobertas e ser ajudada nos meus desabafos... Tudo feito com muito amor, esse sentimento que aumenta a cada dia graças a minha princesa Alice, obrigada filha.