sábado, 6 de agosto de 2011

Teoria da relatividade

Minha filha completou 6 meses! Que orgulho! Considero que os 6 meses, assim como os 3, são uma data marcante no ínicio da vida de nossos bebês. É quando introduzimos os alimentos, quando eles deixam de mamar apenas. No meu caso, minha filha já não mamava mais no peito (ela mamou até quase 4 no peito e até 5 meses mamou o meu leite, tirado pela maravilhosa maquininha, na mamadeira), mas mesmo assim é marcante.
Fico pensando em como o tempo é realmente relativo. Até agora eu achava que os anos têm passado cada vez mais rápido e na verdade, ainda acho, mas se tratando da idade da minha filha, do seu tempo de vida, de todas as experiências que passamos nesse começo, o tempo parece que não passa, esses seis meses foram tão cheios de novidades e aprendizados que poderiam ser vividos em anos... Fazendo uma mini retrospectiva, lembro de quando ela era bem pequenininha e só chorava, e eu ainda sem saber direito o que fazer, chorava junto... Lembro da dificuldade que tive para amamentar, mas me orgulho da minha própria persistência, pois tenho a certeza absoluta de que extrapolei todos os meus limites da dor em favor do  aleitamento materno, que é tão importante, não só pelos anticorpos e vitaminas, mas também pelo contato mãe e filha. Hoje consigo olhar para trás e ver que eu ficava mesmo sem energia vital por estar com os seios muito machucados, não podia encostar neles, consequentemente nem no meu marido, nem na minha filha, vivia de concha... agradeço e ele mais uma vez pela compreensão. Percebi que os seios não são só uma parte erógena da mulher e uma fonte de alimentação, são também a primeira parte do corpo que encostamos em qualquer coisa ou pessoa, é muito difícil não poder encostar o peito em nada, nem na toalha ao tomar banho, é um verdadeiro malabarismo e uma dor imensurável. Mas fiz e faria tudo de novo pela minha princesa, sem nenhuma hesitação. E afinal, as coisas realmente passam e a gente realmente esquece, não totalmente, mas parcialmente... Deixamos as dificuldades guardadas na gaveta do nosso imenso arquivo cerebral e trazemos conosco somente as maravilhosas lembranças de felicidade plena que são reavivadas  a cada sorriso e conquista de nossos filhos. E acredito que deva ser assim a vida toda, pois o tempo não para, mas prestando atenção nas pequenas coisas, podemos, ás vezes, fazer ele correr mais devagar.

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