segunda-feira, 26 de março de 2012

Separação: escola x trabalho

Depois de semanas colocando a Alice pra dormir sozinha, no berço, hoje ela quis dormir no meu colo e me fez perceber que apesar da rotina, tão importante na vida dos bebês, os dias não são iguais. Pelo contrário, cada dia é tão recheado de novidades que o tempo parece que passa diferente... Mas infelizmente, o tempo lá fora, o real, o que não para, mas que cura tudo vem me dizer que é hora de voltar ao trabalho. E de novo me vejo dividida... entre a necessidade de retomar minha vida e o desejo de estar sempre do lado dela. Entendo que faz parte do processo, que essa separação é natural e necessária, porque mais pra frente ela vai precisar andar sozinha, tomar decisões, fazer escolhas... Com certeza, estarei ao seu lado, dando apoio, mas quem vai realmente fazer suas escolhas será ela.
Agora que já passei a primeira semana de adaptação na escolinha, me sinto mais segura. Depois de uma longa pesquisa em várias escolas, encontrei de tudo, diferentes métodos de ensino, escolas que oferecem quase tudo, outras que oferecem muito pouco, muitos cuidadores, pouco verde, muito cimento, quase nenhuma árvore e o preço bem salgado. Para mim que estudei em escola tipo sítio, enorme, onde a gente podia até se perder e voltava todo dia sujo de terra, o que encontrei foi bem diferente e confesso que me deixou bem triste... escolas pequenas de puro cimento. Acabei optando por uma escola de bairro, do lado de casa, com um preço mais acessível, porque o que importa agora de fato é o carinho das cuidadoras, e isso lá tem. A primeira semana é sofrida, talvez mais para mim do que para ela, mas conseguimos concluí-la com sucesso. Junto com a escolinha vêm também as viroses, gripes e afins, mas estamos preparadas e prontas para o próximo passo... E que venham mais conquistas! Queremos todas!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

1 ano de Alice!

Faz um ano que minha vida ficou mais feliz! Há um ano estou tentando me tornar uma pessoa melhor para passar meu melhor para a melhor coisa que eu poderia ter feito. Meu melhor presente, meu anjinho, minha inspiração para acordar todas as manhãs, a flor do meu jardim, meu motivo de viver, minha razão para não morrer, meu tudo, minha vida, meu ar... Eu sei que não escrevo como gostaria, com a frequência que gostaria, mas escrevo com o coração. Não sei se você vai ler isso um dia, filha, mas esse post é pra você. Queria que você soubesse, desde já, que a mamãe te ama muito e agradeço todos os dias por ter tido a oportunidade de ser sua mãe. Em apenas um ano já aprendi tanta coisa, cada sorriso, cada beijo, cada lágrima, cada momentinho ao seu lado... imagina quando você tiver 15 anos e me achar uma boba, achar que sabe de tudo e que eu não sei nada... ou quando você der seu primeiro beijo num garoto... ou quando tiver um problema na escola... quando for sair com as amigas... fazer sua primeira viagem sozinha... e mais uma infinidade de coisas que vão acontecer nas nossas vidas, cada uma mais especial que a outra, mesmo nas coisas simples. Vou sempre estar ao seu lado, te guiando e te protegendo como eu puder, te dando a mão quando você tropeçar e te carregando quando for preciso. Te mostrando o que acredito ser o melhor, mas certa de que quem vai decidir isso será você mesma. Sempre formando uma dupla, a nossa dupla, porque desde que você estava na minha barriga foi assim...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

11 meses!

Minha filha já está com 11 meses! Nossa, como o tempo passa rápido! Parece que foi ontem que eu estava grávida... e ela já vai fazer 1 aninho! Passamos nosso primeiro reveillon juntas, foi uma delícia! Mas as coisas agora devem mudar um pouco, pois voltei a trabalhar, aos poucos, mas tô voltando... E isso implica na nossa separação, que é necessária, mas bem difícil. Passamos 1 ano todo juntas, observando cada avanço, cada conquista, ensinando e aprendendo... Ela já anda super bem, já tem dois dentinhos, está cada vez mais independente e querendo fazer as coisas sozinhas. Por isso a importância da minha volta ao trabalho, de retomar minha vida, meu convívio social... porque os filhos crescem, o tempo passa e as nossas relações devem ser saudáveis, não dependentes. Posso dizer que o ano que passou foi de mto aprendizado, aprendi a ser uma coisa que eu sempre quis, mas que ninguém ensina, não tem escola, nem curso, nem bula, nem manual e é a coisa mais gratificante e satisfatória que existe, SER MÃE! Eu só posso agradecer todos os dias por essa bênção, por esse presente, por poder ter a chance de me tornar uma pessoa melhor e poder transformar o mundo, nem que seja o meu mundo, o mundo de Alice!

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

9 meses!

Os 8 meses da minha filha foram significativos. Foi quando ela começou a jantar, a engatinhar e foi quando nasceu seu primeiro dentinho! Uma alegria atrás da outra, uma conquista atrás da outra. Hoje ela está com 9 meses e estamos vivendo uma nova fase. Já nasceu o segundo dentinho e engatinhar é coisa do passado, agora ela só quer saber de andar... sobe em tudo que é canto, mas ainda não deu os primeiros passinhos. Estamos vivendo agora a fase de separação, de mim com ela e dela comigo. Eu estou pensando em recuperar meu corpo (ou pelo menos tentar, né?), procurar um trabalho em condições que se adaptem ao meu novo e permanente estado, o de ser mãe, além de retomar os contatos e a vida social. E ela, está aprendendo que somos duas pessoas diferentes, está percebendo que pode se afastar de mim, coisa que a deixa com medo. Enfim, a separação é para os dois lados... Até os nove meses eu anotei tudo o que ela comeu, por exemplo, coisas de primeiro filho... Mas prometi a mim mesma que seria só até o nono mês, porque temos, ambas, que aprender que vai chegar uma hora que cada uma vai ter que seguir seu caminho. Com nove meses de gestação é normalmente quando os bebês nascem e com nove meses de vida, descobrem o mundo. E como já dizia o poeta, nós criamos os filhos para o mundo e não para nós. Mas assim como a certeza de que dois mais dois são quatro, eu sei, minha filha, que para sempre vou te amar e que vou estar do seu lado em todas as horas, mesmo que de longe, em forma de uma borboleta.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Bicho homem

Ando sem tempo de parar por aqui, eu confesso. Com o crescimento e desenvolvimento da minha filha fica difícil de achar um tempo para mim... Nesse começo a maternidade é pura doação, doação das nossas vidas, da nossa atenção, do nosso tempo e do nosso coração. Com o tempo essa doação vira uma troca, troca de carinho, troca de palavras... deixa de ser apenas a mãe se dando por completo e passa a ser um aprendizado mútuo.
O homem é o único ser vivo que nasce completamente indefeso. Todo filhote é frágil, mas só os seres humanos são tão dependentes. Todos os filhotes saem da barriga de suas mães nadando, voando, andando, ou pelo menos tentando, enquanto o homem é um serzinho que fica parado, quase imóvel, não sabe se alimentar, nem beber água, tão pouco andar ou coisa parecida. Precisamos alimentar, agasalhar, ajeitar e dar muito amor aos nossos "filhotes" senão eles morrem. Toda mãe ou cuidadora precisa cuidar de seu filho ou filhote, isso é fato, mas nós, humanos, levamos um tempo muito maior para aprender o que os animais nascem sabendo...
Diferente dos animais que usam seu instinto, nós temos que descobrir, literalmente, no começo, o que o bebê deseja e necessita. Nesse processo vão-se meses até a mãe conhecer e conseguir decifrar seu filho. Isso porque ao longo dos anos, ao crescer, deixamos de ouvir nosso instinto, nos deixamos levar pelo mundo exterior e esquecemos de escutar a voz de dentro, aquela que sente e sabe tudo o que precisa.
E é por isso que os bebês são tão maravilhosos, porque depois de alguns meses, quando eles já sabem se expressar, um pouquinho que seja, se tornam seres multi sensoriais, onde os sentidos são muito mais que cinco e o mundo é com certeza, bem melhor, porque o que complica a vida somos nós, com nossas neuras e incertezas. Na verdade é tudo bem mais simples e a felicidade está mais próxima do que pensamos ;)

sábado, 6 de agosto de 2011

Teoria da relatividade

Minha filha completou 6 meses! Que orgulho! Considero que os 6 meses, assim como os 3, são uma data marcante no ínicio da vida de nossos bebês. É quando introduzimos os alimentos, quando eles deixam de mamar apenas. No meu caso, minha filha já não mamava mais no peito (ela mamou até quase 4 no peito e até 5 meses mamou o meu leite, tirado pela maravilhosa maquininha, na mamadeira), mas mesmo assim é marcante.
Fico pensando em como o tempo é realmente relativo. Até agora eu achava que os anos têm passado cada vez mais rápido e na verdade, ainda acho, mas se tratando da idade da minha filha, do seu tempo de vida, de todas as experiências que passamos nesse começo, o tempo parece que não passa, esses seis meses foram tão cheios de novidades e aprendizados que poderiam ser vividos em anos... Fazendo uma mini retrospectiva, lembro de quando ela era bem pequenininha e só chorava, e eu ainda sem saber direito o que fazer, chorava junto... Lembro da dificuldade que tive para amamentar, mas me orgulho da minha própria persistência, pois tenho a certeza absoluta de que extrapolei todos os meus limites da dor em favor do  aleitamento materno, que é tão importante, não só pelos anticorpos e vitaminas, mas também pelo contato mãe e filha. Hoje consigo olhar para trás e ver que eu ficava mesmo sem energia vital por estar com os seios muito machucados, não podia encostar neles, consequentemente nem no meu marido, nem na minha filha, vivia de concha... agradeço e ele mais uma vez pela compreensão. Percebi que os seios não são só uma parte erógena da mulher e uma fonte de alimentação, são também a primeira parte do corpo que encostamos em qualquer coisa ou pessoa, é muito difícil não poder encostar o peito em nada, nem na toalha ao tomar banho, é um verdadeiro malabarismo e uma dor imensurável. Mas fiz e faria tudo de novo pela minha princesa, sem nenhuma hesitação. E afinal, as coisas realmente passam e a gente realmente esquece, não totalmente, mas parcialmente... Deixamos as dificuldades guardadas na gaveta do nosso imenso arquivo cerebral e trazemos conosco somente as maravilhosas lembranças de felicidade plena que são reavivadas  a cada sorriso e conquista de nossos filhos. E acredito que deva ser assim a vida toda, pois o tempo não para, mas prestando atenção nas pequenas coisas, podemos, ás vezes, fazer ele correr mais devagar.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

As primeiras vacinas a gente nunca esquece...

Finalmente demos as primeiras vacinas na Alice. Muito se discute sobre onde vacinar, optamos pelo posto de saúde, onde a vacina é de graça e pela facilidade de ter um posto do lado de casa. Acho que doeu mais em mim do que nela... Ela acordou especialmente feliz, fomos pro posto e ela tomou logo 4 de uma vez, tadinha... Polio, Tríplice, Hepatite e BCG, a Polio é em gotas, a BCG no braço (a da marquinha) e as outras duas na coxinha, uma em cada. O duro é ter que segurar a sua filha para tomar uma injeção e vê-la chorando de dor, dá um aperto tão grande no coração... Mas como disse meu marido, temos que ser fortes! E isso é só uma preparação para o que vem pela frente. Afinal, toda criança que brinca, se machuca ;)