segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Fica a dica

Estou lendo um livro muito, mas muito bom e que todas as mães deveriam ler: A maternidade e o encontro com a própria sombra - Laura Gutman. Esse livro me foi indicado pela queridíssima Ana Cris quando eu disse a ela que a maternidade não estava sendo tão fácil quanto eu imaginava. Inclusive tem uma passagem muito interessante exatamente sobre isso onde diz que nós, mulheres, não somos devidamente preparadas para a maternidade como deveríamos, pois fala-se muito da maravilha que é ser mãe, mas em momento algum comenta-se sobre quão difícil pode ser esse processo também. Ser mãe é realmente uma dádiva, é algo indescritível e maravilhoso, mas é em mesma intensidade um processo de mudança e aprendizado não tão fácil e cor de rosa. E isso ninguém conta. Eu sempre achei que tiraria de letra a maternidade, claro que teria surpresas, mas não achei que seria tão diferente do que eu tinha imaginado. Para mim, foi e está sendo uma vitória a cada dia. Como escolhi sair da maternidade e ir para a minha casa, só com meu marido e filha, sem a ajuda da minha mãe ou outra pessoa, acho que senti tudo muito mais intenso. Nos primeiros dias me peguei chorando tão desesperadamente quanto minha filha, sem saber o que fazer e achando que eu não sabia ser mãe. Eu sabia que um recém nascido chorava, só não imaginava o quanto. Mas com a ajuda desse livro fui desmistificando algumas coisas e entendendo outras. Aprendi que uma mulher puérpera (que acabou de ter filho) não deve ficar sozinha com seu bebê, pois precisa de alguém para ajudá-la nas outras tarefas, além de que com tantas mudanças internas e externas é sempre bom ter com quem conversar. Não se deve ouvir tudo o que os outros falam, mas é muito importante trocar experiências com quem já as viveu e descobrir que muitas histórias são parecidas ou até mais difíceis que a sua. Me aproximei mais da minha mãe com isso e aprendi coisas aparentemente bobas com a minha avó, mas que fizeram toda a diferença. Percebi que estar com a família é a melhor coisa do mundo e que um outro colo é mais do que necessário para o bebê. Entendi o que significa seguir meus instintos, e que para isso eu não preciso estar sozinha. Não que eu já tenha aprendido tudo (a gente nunca sabe de tudo), mas fiquei muito feliz em saber que ser mãe não é algo que se aprende, você simplesmente é!

3 comentários:

  1. Está absolutamente correta Rô!
    A maternidade tem muita coisa difícil e que a gente não faz a menor ideia. Acho que só sabe mesmo quem tem filho.
    Ter o apoio do marido, da família e dos amigos num momento como esse é fundamental. O dia que a minha mãe voltou para o Brasil, depois do nascimento da minha primeira filha, foi o mais difícil de todos. Ter a família por perto é uma dádiva, aproveite!
    Parabéns pelo blog!

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  2. Tb acho que a família por eprto é fundamental, até para vc ter um tempinho só para vc mesmo e fazer coisas sem o nervosismo de deixar o bebê sozinho, como tomar um banho mais dmeorado, tirar um cochilo tranquila ou almoçar comida quente! Minha mãe está aqui comigo e olha, nem sei oq seria de mim sem ela neste momento!
    Tô amando esse blog!

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  3. Ro! Com certeza uma mão amiga sempre será bem-vinda. Claro que vc deveria ter algum receio. Eu não tenho filhos ainda, eu teria, mas ao mesmo tempo, imagino quanto exaustivo deve ser no começo e nada como a nossa mãe ( que já passou por isso) para nos ajudar!

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