quinta-feira, 31 de março de 2011

Tratamento de choque

Dei um breque nos posts para cuidar, mais uma vez, do meu peito, e por consequência da Alice. Estamos apostando tudo nessa semana, afinal 2 meses de dor em um momento tão mágico não é fácil. Já tentei todas as mandingas, simpatias, rezas e afins. Preciso me cuidar para cuidar da minha pequena, que é bem gulosa, diga-se de passagem... Lets pray! Fingers crossed!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Encontro de amamentação




Oh happy day!

Hoje estou renovada! Alice me deu o maior dos presentes: uma noite inteirinha de sono! Nem acreditei quando acordei ás 6h da manhã e ela não tinha chorado nenhuma vez, obrigada filha.
Depois da minha incrível noite de sono, fomos passear de carrinho e explorar nosso novo bairro (sim, nós mudamos). Estou muito feliz aqui, um bairro mais calmo, com pessoas sentadas nas calçadas, crianças brincando na rua, definitivamente um lugar melhor dentro dessa cidade maluca.
Ontem fui no encontro de amamentação de novo, como é bom... conversar com as mamães e poder dividir nossas experiências, falar e ouvir, dar opiniões e escutar conselhos, além de ver vários bebês fofos e acompanhar o crescimento deles. Realmente priceless!
Recebemos visitas da tia Xuca e tio Ri, que veio ver a Alice pela primeira vez ;)
E finalmente estou conseguindo dar o peito direito, a produção do leite praticamente já voltou ao normal, mas como ela mama com muita vontade tá começando a machucar de novo... agora é rezar para não ficar como da outra vez e cicatrizar logo!
Enfim, cheia de notícias boas, feliz da vida com a minha pequena e com as coisas entrando cada vez mais nos eixos.

terça-feira, 15 de março de 2011

Meu pediatra é o máximo!!!!

Eu ainda vou escrever sobre meu parto, que foi a experiência mais forte de toda a minha vida até agora... Mas antes quero só falar um pouco sobre o meu pediatra, sim porque além de médico da minha filha, ele é um pouco meu tb... Me apaixonei por ele na sala de parto, quando a gente se conheceu. A pediatra que estava prevista para acompanhar meu parto se acidentou e não pôde comparecer, minha equipe entrou em contato com o Cacá e foi assim que nos conhecemos. Ele nos visitou várias vezes na maternidade e sempre senti uma energia muito boa vinda dele. Atencioso, fofo, prático, sincero, ótimo profissional e querido, muito querido, é impossível não gostar dele. Nos ensinou várias técnicas novas, com percepções atualizadas sobre como cuidar do nosso bebê, quase tudo o que ouvíamos falar virou mito e são incontáveis as descobertas que ele nos proporcionou. Nessas dificuldades que ando tendo com a amamentação, me sinto melhor só de falar com ele. O consultório dele então não poderia ser mais gostoso... um espaço cheio de atividades, fotos com crianças e brinquedos por todos os cantos. Não é permitido entrar de sapatos. Muitas vezes o vi brincar no chão, nos tapetes, com seus mini clientes. E todos parecem sentir a mesma coisa que eu. Minha filha pode estar nos seus dias mais difíceis, chorando, que quando vai para seus braços se derrete, fica até de boca aberta, é impressionante! Ele nos explica as coisas com outros olhos, tem paciência e me deixa a vontade até para chorar minhas angústias. E tem uma parceira que é igualmente atenciosa e fofa, a Andrea.
Não foi a toa que eles cruzaram nosso caminho e a gente aqui só tem a agradecer.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Eu não nasci para ser sozinha...

Existem pessoas que não se importam em ficar sozinhas, ficar não, estar... muito pelo contrário, até gostam. Eu valorizo muito meus momentos de solidão, acho que todo mundo precisa deles, mas definitivamente eu não gosto de me sentir só. Para mim é muito importante saber que tenho com quem me preocupar, assim como tem alguém se preocupando comigo. Assim como é igualmente importante ter com quem dividir a vida... as alegrias, as tristezas, os problemas, as risadas e até as contas. Hoje, casada e com uma filha recém nascida, percebo claramente a diferença entre estar sozinha e ser sozinha. Fico muito cansada quando meu marido não está e tenho que cuidar da minha filha sozinha, não sobra tempo para nada além dela, eu me cedo totalmente e esqueço de mim. O que acaba me deixando uma mistura de irritada e cansada, porque ninguém se esquece de si mesmo, né? E pelo menos as necessidades básicas a gente tem que fazer... Mas no fim do dia ele chega, me abraça, ficamos juntos e eu me fortaleço, além de vez ou outra poder contar com a ajuda de parentes e amigos, que quebram um galhão tb.
E é por isso que eu sou sortuda, porque SER sozinha deve ser algo bem pior.

Bisa


Diminuí a frequência das atualizações porque estou vivendo no mundo da cólica e nos intervalos preciso cuidar de mim... meu peito ainda não sarou e isso me deixa um tanto desmotivada, tenho que confessar...
Mas eu não posso deixar de agradecer a minha avó Yara, que voltou ontem para Uberaba e já tá fazendo  falta... Obrigada pela ajuda, compreensão, por ouvir meus desabafos, por me dar suporte, por cuidar tão bem da Alice, pelas noites em claro, pelo colo fofinho, pelas músicas para ninar, pelas trocas de fralda, pelos banhos, enfim, pelo amor infinito que transmite pra gente. Sou muito grata a você vovó, só palavras não são suficientes para expressar o quanto... Bendita hora que você teve a idéia de vir para SP! Sua presença é sempre uma alegria! Nós te amamos! E já estamos com saudades...

quarta-feira, 2 de março de 2011

Santo remédio

Hoje me sinto uma nova mulher, totalmente renovada... Nossa noite foi ótima, acordamos uma única vez, o sono foi profundo e tranquilo. E hoje o dia está calmo, ufa! É impressionante como a dor no meu peito estava refletindo em tudo ao meu redor e consequentemente e diretamente na minha filha. Meu nervosismo, aflição e principalmente a dor física e na alma por não estar conseguindo amamentar estavam claramente atrapalhando nossa convivência, transformando-se em um choro incessante, falta de sono e profundo incômodo no bebê. E tudo isso graças a um peito machucado, causado pelo cansaço, por dentro e por fora... E como eu não estava bem, minha filha não estava bem, meu casamento não estava bem, meu corpo não estava bem, minha mente então nem se fala... E eu achando que meu peito tinha que sarar sozinho, que eu não era uma boa mãe e toda aquela corrente de pensamentos horríveis que as mães de primeira viagem insistem em ter.
Minha irmã está grávida e eu vivo falando para ela contar toda e qualquer novidade para a sua médica, pois ás vezes a gente acha que não é nada, que não é importante e acaba sendo algo que poderíamos ter evitado. "Faça o que eu falo, não faça o que eu faço", já diz o ditado... logo EU deixei de ver meu peito porque achei que ía passar, que iria sarar. E acabei perdida no furacão, tamanha proporção que as coisas tomaram... E nessa hora você não raciocina, não vê luz no fim do túnel, não entende porque tudo está daquele jeito e só o que consegue enxergar é o desespero, as lágrimas que escorrem, suas e do bebê.
Mas graças a Deus, ou melhor, a minha avó que insistiu para eu ligar para meu médico e cuidar de mim, eu recuperei minha sanidade e fui atrás de me medicar, porque no meu caso não se tratava apenas de uma fissura causada pela sucção do bebê, era algo que provavelmente não sararia sozinho e com a ajuda de uma pomada e um remédio eu pude voltar a sentir as delícias da maternidade. Continuo amamentando só com o peito esquerdo, até o direito sarar, mas só de não estar mais doendo e saber que logo logo vai tudo voltar ao normal, me sinto muito, mas muito bem.
Porque será que na maternidade, pelo menos comigo, a gente acha que vai dar conta de tudo? Acha que tem que aprender as coisas sozinha e não se dá conta de que devemos respeitar nossos limites e que eu não estou sendo uma mãe pior por não ter todas as respostas. Por isso que é importante estar sempre na companhia de alguém, para quando a nossa visão ficar turva ou até escurecer, poder contar com uma lanterninha emprestada ;)

terça-feira, 1 de março de 2011

1 mês de Alice

Sobrevivendo no caos

Hoje foi uma daquelas noites difíceis... Alice não parou de chorar e eu não preguei os olhos, claro...
Tinha planejado um dia cheio de tarefas, mas tive que priorizar as visitas ao médico, porque afinal tenho que cuidar de mim para poder cuidar da minha princesa. Durante a manhã me peguei chorando feito criança... Tenho leite e não consigo alimentar minha filha porque meu peito está seriamente machucado. Comprei a tal maquininha de tirar leite, mas ao encostar no bico, na primeira puxada chorei de dor, insuportável! Tentei meu pediatra, mas não consegui falar, juntando com o cansaço da noite sem dormir foi me dando um desespero, parece que nos tornamos incapazes e todos os obstáculos só crescem na nossa frente. Aí junta a aflição de uma mãe e o desespero de uma filha, que mesmo sem falar, sente absolutamente tudo. Os recém nascidos são completamente sensitivos e capazes de colocar á tona coisas que estão aparentemente escondidas atrás da figura materna.
Eu sei que todo o meu nervosismo, minhas angústias, medos e lágrimas passam diretamente e se refletem através da minha filha... mas como não sentir isso? Ou melhor, será que eu não devo sentir isso? Como transmitir calma se não é como eu mesma me sinto? Como canalizar e filtrar as dificuldades e transformá-las em coisas boas? Ainda estou em busca de respostas...
Sei que depois de ir ao médico e ser diagnosticada e devidamente remediada, me sinto mais tranquila. A dor e a aflição de não poder amamentar só intensificam os sentimentos que ficam abaixo da superfície. Mas nada como um dia após o outro, o suporte da família e o amor nos olhinhos dela. Isso realmente compensa tudo.