segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Chupeta - vilã ou amiga?

Eu resisti muito para dar a chupeta e olha que minha filha ainda não tem um mês. Na primeira vez que tentei cheguei a chorar porque achei que não estava fazendo a coisa certa, além da chupeta ser quase maior que ela... Mas depois de passados alguns dias, amadureci a idéia e notei que, para mim, a chupeta foi uma aliada. Ás vezes depois de mamar minha filha continuava chorando e eu tinha a certeza que não era de fome, resolvi dar a chupeta e depois de muito esforço, porque os bebês não pegam a chupeta de primeira (e ás vezes nem de segunda) ela começou a chupar, ficou super calma e logo caiu num sono tranquilo. A decisão de dar ou não a chupeta deve ser da mãe, porque chupeta é algo que qualquer um pode dar e a mãe deve estar bem em relação a isso. No meu caso além de ser um tranquilizador, a chupeta foi uma forma de ela dar um respiro para o meu peito, que está bem machucado devido ás fortes sugadas que ela dá ao mamar.
Aliás, esse é outro ponto importante da amamentação: o bico do peito. Existem vários tipos e formatos de seios e consequentemente bicos. Há mulheres que não encontram problemas em amamentar, não sentem dor e nem machucam. No meu caso o bico ficou bem machucado. Como não sofro de falta de leite, muito pelo contrário, costumo amamentar de 2 em 2 horas em média, mas meu peito sofre um pouco... Primeiro foi o esquerdo que machucou, mas com a ajuda da pomada Lansinoh e MUITO SOL, melhorou e hoje está praticamente bom. Já o direito, continua machucado. Entre as mamadas melhora muito, mas basta uma para voltar exatamente ao que era, ou seja, carne viva. A dor não é suficiente para eu deixar de amamentar, mas confesso que nas primeiras sugadas tenho que me controlar para não derrubar lágrimas, depois melhora... Fora que tenho que andar com uma concha nos seios porque além de derramar leite toda hora, não consigo encostar nada, nem sutiã, nem camiseta nos meus seios. O que acaba atrapalhando meu contato com a minha filha também... Mas estou tentando resolver essa questão logo para poder amamentar e abraçar muito ela (sem concha).

Fica a dica

Estou lendo um livro muito, mas muito bom e que todas as mães deveriam ler: A maternidade e o encontro com a própria sombra - Laura Gutman. Esse livro me foi indicado pela queridíssima Ana Cris quando eu disse a ela que a maternidade não estava sendo tão fácil quanto eu imaginava. Inclusive tem uma passagem muito interessante exatamente sobre isso onde diz que nós, mulheres, não somos devidamente preparadas para a maternidade como deveríamos, pois fala-se muito da maravilha que é ser mãe, mas em momento algum comenta-se sobre quão difícil pode ser esse processo também. Ser mãe é realmente uma dádiva, é algo indescritível e maravilhoso, mas é em mesma intensidade um processo de mudança e aprendizado não tão fácil e cor de rosa. E isso ninguém conta. Eu sempre achei que tiraria de letra a maternidade, claro que teria surpresas, mas não achei que seria tão diferente do que eu tinha imaginado. Para mim, foi e está sendo uma vitória a cada dia. Como escolhi sair da maternidade e ir para a minha casa, só com meu marido e filha, sem a ajuda da minha mãe ou outra pessoa, acho que senti tudo muito mais intenso. Nos primeiros dias me peguei chorando tão desesperadamente quanto minha filha, sem saber o que fazer e achando que eu não sabia ser mãe. Eu sabia que um recém nascido chorava, só não imaginava o quanto. Mas com a ajuda desse livro fui desmistificando algumas coisas e entendendo outras. Aprendi que uma mulher puérpera (que acabou de ter filho) não deve ficar sozinha com seu bebê, pois precisa de alguém para ajudá-la nas outras tarefas, além de que com tantas mudanças internas e externas é sempre bom ter com quem conversar. Não se deve ouvir tudo o que os outros falam, mas é muito importante trocar experiências com quem já as viveu e descobrir que muitas histórias são parecidas ou até mais difíceis que a sua. Me aproximei mais da minha mãe com isso e aprendi coisas aparentemente bobas com a minha avó, mas que fizeram toda a diferença. Percebi que estar com a família é a melhor coisa do mundo e que um outro colo é mais do que necessário para o bebê. Entendi o que significa seguir meus instintos, e que para isso eu não preciso estar sozinha. Não que eu já tenha aprendido tudo (a gente nunca sabe de tudo), mas fiquei muito feliz em saber que ser mãe não é algo que se aprende, você simplesmente é!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Encontro de amamentação

Ontem fui no encontro de amamentação no Espaço Nascente (R. Grajaú, 599) pela primeira vez. Trata-se de um encontro de novas mamães com seus filhotes tendo como assunto principal a amamentação. Adorei ter participado desse encontro, pois além de tirar dúvidas, dividimos as nossas aflições, nossos anseios, nossas experiências, nossas conquistas e descobertas. Foi importante para mim porque percebi que todas nós passamos pelas mesmas coisas e que os bebês, apesar de serem individualmente diferentes, têm um processo de evolução bem parecido, no fundo eles são "iguais". Na nossa troca de experiências nos damos conta de que para cada caso existe uma solução encontrada, não que funcione sempre, pois cada bebê é um bebê, cada mãe é uma mãe e cada caso é um caso. Nesse encontro eu me senti mais "normal", porque sozinha em casa você acaba pensando que certas coisas só acontecem com você, que seu filho chora demais, mama demais, ou de menos, não sabe se está dando muito ou pouco leite, se sente cansada... enfim lá eu pude descobrir que a maternidade é tudo isso e essas dúvidas e questionamentos fazem parte do processo, mas essa descoberta é muito mais gostosa se vemos mães em situação igual ou parecidas com as nossas. Porque não existe certo ou errado, verdadeiro ou falso, regra ou rotina, cada dia é um novo dia e com ele novas percepções virão. O importante é seguir nossos instintos, daqueles bem animais mesmo, parar de racionalizar e atender ao seu bebê do jeito que você consegue e confia, respeitando seus limites e os dele também e parar de dar ouvidos ao que os outros falam, porque a intenção sempre é boa, é ajudar, mas somente nós, as mães, é que podemos sentir e saber exatamente (isso vem com o tempo) o que pode fazer nossos filhos mais felizes. E assim nos conectamos com eles e estreitamos ainda mais o laço de amor natural de cada dia. E viva as breastfeeding mothers!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Para começar...

Venho há muito tempo pensando em criar um blog, mas hoje em dia um blog tem que ser no mínimo muito interessante e atualizado. E como me tornei mãe há menos de um mês, pensei porque não criar um blog sobre maternidade? Não que seja uma novidade, mas como eu já escrevo em um caderno e venho descobrindo tantas coisas, porque não dividir com as novas mamães ou simplesmente com pessoas interessadas? Escrever, para mim, sempre foi uma forma de estar em contato comigo mesma. Essa transição para o mundo materno me proporcionou e ainda vai proporcionar tantas dúvidas, medos, descobertas, alegrias... e porque não dividir com vocês? Espero poder ajudar alguém com as minhas descobertas e ser ajudada nos meus desabafos... Tudo feito com muito amor, esse sentimento que aumenta a cada dia graças a minha princesa Alice, obrigada filha.